Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

O erguer das orelhas...

A volta de regresso a todo o vapor obrigou a uma pequena pausa neste alto
o que abriu a oportunidade para a foto.
Finalmente começo a avistar uma luz ao fundo do túnel. Eu sabia que não iria ficar eternamente tão apático. Durante a semana foi quase palpável a minha reacção, uma onda de vitalidade e de energia muito grande, uma resposta forte ao soco no estômago dos últimos tempos. Fui colocar essa energia á prova e não me enganei. A força, a vontade e o querer, estão a regressar. Já não me lembrava de correr com esta intensidade. Num ambiente onde as dificuldades para as pernas e para a mente abundam, fui ao limite. Só durei 10 km, mas foram de muita qualidade. Voltei a sentir uma grande confiança  e a experimentar o prazer de quase voar por cima das pedras do trilho. O meu único receio era cair.

A correr num ritmo entre 4:55 e 5:15 numa zona muito bonita,
e onde já experimentei o "mergulho", o meu único receio era cair.
A minha t-shirt com o logótipo do UTAX que anunciava em letras vermelhas "És tu e o trilho!", suscitou, ao sair de casa, o seguinte comentário da minha esposa: Então hoje vai ser assim, tu e o trilho...

 Nada mais certo.

Foi mesmo eu e o trilho, numa alquimia de que já quase me esquecera. Camisola encharcada, cabelo a pingar e o coração cheio. Afinal, o lobo velho, pelo menos já levantou as orelhas...

Já vai havendo alguma fruição na coisa...

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