Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

O denominador comum...

a meta está ali... Serra d'Arga 53k 2016
Este é um momento de emoções contraditórias, durante a prova o objectivo é terminar, agora, a uns meros metros do final e apesar do esgotamento físico, quase tenho pena de que esteja a acabar. Ao pisar a passadeira vermelha, o meu primeiro pensamento foi de agradecimento pela generosidade da serra, que  nos deixou passar por ela incólumes para usufruir desta efémera sensação de triunfo.

Aqui, tudo o que se passou durante a prova perde a perspectiva. Para trás ficaram as risadas de prazer nos momentos de maior fruição, o espanto pelo inesperado, a alternância entre a máscara de esforço e as expressões de alívio, uma miscelânea de emoções que explora toda a nossa rede neurológica. Este é o momento em que a mente substitui a vivência avassaladora das últimas horas, pela fugaz ilusão de conquista que a serra nos induziu, como prémio pela ousadia.

Nesta equação final  em que adicionamos a alegria e o alívio e subtraímos a adrenalina e a incerteza, o denominador comum é sempre a enorme vontade de voltar.

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