Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

O nosso Sta. Justa Sunset

Serra de Santa Justa - Valongo
Depois de enfrentar o trânsito de hora de ponta na autoestrada, chegamos finalmente ao parque da cidade. É a partir daqui que nos dirigimos para serra, já passa das 19:00 e o percurso que delineámos (sei-o agora) foi demasiado optimista. As três subidas íngremes, aliadas a um traçado que proporciona muita corrida contínua, num ondulante sobe e desce, que nos conduziu a esta última e mais dura das três subidas, provocou um desgaste acentuado. Agora, depois de vencer a última grande dificuldade, olho para trás por um momento. Vejo o trilho descendente até lá ao fundo, a inclinação vista daqui é medonha, o sol quase a pôr-se ajuda a delinear uma outra serra qualquer na linha do horizonte, tirei o telemóvel do braço e com uma foto trouxe esta memória para casa. A brisa fresca que passa aqui no alto ajudou a secar a gotas que me corriam pela cara e nestes segundos de contemplação a respiração estabilizou um pouco. Procuro o Miguel mas já não o avisto, de resto assim foi quase todo o tempo, sempre lá na frente, ele ajuda-me a manter o foco no ritmo, mas acho que abusei um pouco nesta última parte e as pernas estão exauridas. Faltam cerca de quatro km para chegar ao ponto de partida percorrendo um traçado sinuoso e descendente pela serra numa zona de eucaliptos e pinheiros. A luz já não permite distinguir chão com a acuidade necessária e é preciso concentração para não haver problemas. Como sempre, cansados é verdade, mas de alma cheia, terminámos mais este treino na serra. Faltam duas semanas para o Hard Trail Monte da Padela que, por acaso, vai ser no dia do meu aniversário. Neste não posso falhar , tenho de comemorar com uma boa prova.

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