Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

Só, ou acompanhado?

Já não me lembrava como é agradável percorrer estes trilhos no final do dia. As últimas três horas de luz têm uma ambiência única. Pouco depois de entrar no trilho que bordeja o rio, tudo o que escutava eram os melros e os grilos. As garças voavam aqui e ali junto á água procurando o melhor sitio para pernoitar. Numa curva do caminho surpreendi dois gaios que levantaram voo de imediato para um carvalho enorme, também uma ave que não consegui identificar, de um amarelo vivo muito bonito. A atmosfera estava pesada, tipo trovoada, o suor banhava-me o rosto, mas eu sentia-me bem por poder usufruir daquele ambiente tão pitorescamente agradável. No regresso, a natureza ainda tinha algo mais para oferecer, as rãs nos charcos produziam um formidável acompanhamento para os grilos, que com o calor não se calaram nunca. Quando saí do carro para iniciar esta voltinha pensei que era pena ter de ir sozinho. Agora, quase ao chegar, não pude deixar de pensar: Será que corri sozinho? – Acho que não…












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