Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

A arte de fintar o cansaço...

Uma tentativa válida mas ainda aquém do que é necessário
Ainda não tinha nascido o dia e já estava a tomar café em Valongo. Como previsto 6:15 era a hora de encontro combinada aqui na confeitaria. Quando chegamos ao ponto de partida começava a clarear o dia. Estamos aqui no sopé da serra de Valongo para simular as dificuldades da primeira barreira horária do UTC que se situa no km 29 e que conta com cerca de 2000 metros de D+ e com 5 horas de prazo máximo para entrar classificado e poder continuar em prova. O problema aqui, é obter o desnível que se obtém facilmente em Cerveira. As serras são mais baixas e obrigam  a repetir voltas para colocar a fasquia parecida. Cerca dos 21 km percebemos que o percurso delineado atiraria a quilometragem muito para lá dos 30 km, assim reduzimos os quilómetros para coincidirem  mas ficou menos um bom bocado de desnível. No final fizemos os 29 km muito perto das 5 horas, mas os meus cálculos grosseiros obtidos a partir da observação da altimetria do UTC apontam para algo mais do que os 1545 metros D+ que o meu GPS reporta para este treino. Ainda assim ficou bem perto e deu para perceber a "violência" da coisa. Resta levar em linha de conta que a barreira horária seguinte, aos 40 km, tem apenas mais três horas e quase cerca de 1000 metros D+ a acrescentar aos anteriores, por isso não é opção chegar aos 29km já sem energia.

Fiquei ainda com mais dúvidas sobre as minhas possibilidades, a coisa está nesta altura muito "apertada". Os dois treinos fortes separados apenas por 7 dias acredito que vão deixar marcas, provavelmente outro teste desta natureza terá de ficar para 15 de Abril e esse será decisivo para tomar uma posição. A entrada do Miguel na equação foi uma mais valia para mim, quer durante estes treinos longos onde a companhia ajuda muito, quer se a eventual participação vier a acontecer, onde a parceria será mesmo essencial.

Para já, essa aventura chamada de Ultra Trail de Cerveira, ainda continua em linha de mira. Mas o "tiro" é realmente difícil para um "atirador" de trazer por casa como eu.

Os picos que emergiam do nevoeiro reinante pareciam pequenas ilhas
que despontavam num oceano qualquer...
Aparte isso, hoje o nevoeiro cobria grandes extensões do vale e os pequenos picos que surgiam acima do nevoeiro pareciam ilhas no oceano. Foi uma paisagem de que gostei muito e não me cansava de apreciar sempre que o terreno permitia.
Agora, prioridade ao descanso, que isto foi-nos ao corpinho.

Na fase inicial do treino perto do topo da nossa primeira subida


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