Esta aldeia e os caminhos circundantes, possibilitam uma experiência natural fantástica, apesar de estar a dois passos da área metropolitana... |
Por onde eu passo a paisagem deixa em mim a sua marca. A resistência física é apenas uma consequência (pouco) imediata das minhas corridas por aqui. Se eu deixar de vir, ela desaparece... num ápice.
Mas há por aqui outras coisas que ficam em mim... e perduram. Na verdade, se eu deixar de vir e à medida que o tempo vai passando, mais vívidas se tornam.
São aquilo que eu chamo de "retratos automáticos", flashs de paisagem que ficam retidos na memória à medida que os vou experienciando. Gravados de forma profunda e duradoura, põem-me um sorriso na expressão só de os lembrar.
Essas recordações não fogem, como a resistência física. Ficam sublimadas com o passar do tempo...
Uma incrível poesia dos sentidos.
E tantas vezes, é essa poesia a força maior para continuar correndo...
Subindo a serra pelo trilho do fojo das pombas. |
margens do rio Ferreira |
pequenos "candeeiros". Se iluminadas pelo sol, estas minúsculas flores parecem mesmo isso. |
Esta cruz de pedra virada para o vale é uma imagem forte, para mim... |
...é no outono que a paisagem fica mais rica de cores e texturas
com os castanheiros cheios de fruto
|
apesar de pequena, esta serra, oferece "quadros" muito bonitos |
O rio Ferreira transmite frescura à paisagem. |
aspecto da pequena aldeia. |
antigos moinhos recuperados. |
-TRILHOS-
Necessário se faz
caminharmos em trilhos.
A sociedade exige.
Mas,
as vezes nos falta
aquela pequena porção
de insanidade.
E num momento
muito particular,
onde nossas loucuras
são permitidas,
devemos sim,
mudar de trilhos,
de estação,
de trem,
de caminho,
de paisagens,
perder a noção e acelerar
para sentirmos
o prazer da vida.
"Marcos Marques"
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