Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

Contraste

Depois de alguns dias no nordeste transmontano treinando nas serranias cuja beleza me seduz pela forma e grandeza, nada mais contrastante que este treino no passadiço entre Leça e Angeiras onde a imensa planura líquida do Atlântico se estende até á linha do horizonte. De facto, quase tudo na natureza é majestosamente irreal se comparada connosco. Ainda me custa a perceber como dominamos e maltratamos aquela que é verdadeiramente a nossa única casa, este planeta frágil miraculosamente pendurado no espaço. Não temos mais para onde ir, devíamos seguir o exemplo destas forças enormes que coabitam de forma pacifica, as montanhas, os oceanos, as florestas, e os glaciares não se agridem mutuamente. Se pensarmos um pouco o único agressor somos nós. Além de agredirmos selvaticamente os da nossa espécie, agredimos de forma significativa o meio ambiente, exactamente aquilo de que dependemos para sobreviver. Impomos à nossa volta uma aura de destruição que é verdadeiramente a nossa marca. Deveríamos rever de forma histórica o epíteto de raça inteligente. Começo a achar que fazemos alguma confusão entre capacidade de pensar e ser inteligente. Somos de facto seres pensantes mas, ser inteligente, vai muito para além disso.

Na marginal de Leça da Palmeira

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