Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

A imponderabilidade e as lições de vida...

...incrédulo, percebo que nada está garantido e que
a vida está cheia de imponderáveis.
Estou numa fase em que planear simplesmente não vale a pena. É que não vale a mesmo a pena...

Em menos de 20 dias o objectivo deixou de ser baixar das quatro horas na maratona do Porto e fazer o meu record pessoal, para ser apenas tentar aguentar até ao fim devido a uma inflamação dolorosa no segundo e terceiro metatarsos que me parou completamente. Agora, a menos de 15 dias da prova, vejo a participação em risco de não se concretizar devido a um acidente no trabalho que originou um pisão do dedo grande. Ainda incrédulo com tudo isto, estou para aqui a reflectir como damos as coisas por adquiridas quando depois, basta uma vírgula aqui, um ponto ali, para nos desviar completamente do caminho mentalmente traçado. Mas esta imponderabilidade está no nosso dia-a-dia em todas as coisas. Nada está garantido, e cada vez mais estou convencido de que quando as coisas nos correm bem, devemos apreciar saborosamente esses momentos, como se tratasse de algo gourmet” na nossa vida. De facto a possibilidade de não correrem assim tão bem está sempre presente.

Mesmo com um pé lesionado desde a Serra d’Arga (estava agora a apresentar melhorias significativas) e a partir de hoje com um dedo em obras, estou com força mental suficiente para resistir a este assalto de má sorte e tentar fazer o meu melhor. Certamente isto é apenas mais uma lição de vida, que eu acolho com humildade e garanto-vos, com um sorriso.

Já me esquecia… com um dedo bem inchado também, e por falar em momentos gourmet”, este dedo, com mais cinquenta por cento do volume e uma cor bem avinhada que vai desde os tintos aos rosés, compete directamente com o que de melhor se faz na charcutaria deste país.

Bom fim de semana, e se for caso disso, boas corridas/caminhadas.


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