Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

A indecisão...

Não importa o que já tenhas feito, nem o caminho que tenhas percorrido.
Existe sempre um novo destino. Só temos que escolher o rumo.
Fui correndo ao acaso sem saber bem o que pretendia fazer, com as ideias mal definidas na cabeça
tentava delinear mentalmente o percurso mas o calor minava-me a vontade. De repente, já bem imiscuído no trilho, cruzo-me com um grupo. Às vozes de bom dia que vão surgindo respondo maquinalmente da mesma forma, mas o último elemento saudou-me de forma mais familiar, parei e olhei para trás, era uma senhora que vive no mesmo prédio que eu e que tem também a paixão pelas provas em trilhos, assunto sobre o qual já temos trocado umas impressões. Sorrimos e desejámos bom treino um ao outro. Curioso como a partilha de gostos idênticos vai fazendo com  que as pessoas se encontrem nos lugares mais insuspeitos. Animado por esta situação resolvi atacar uma subida de cerca de 4 km que me levaria ao alto da serra. O piso difícil ,com muita pedra solta, aliado ao desnível foi corroendo o ímpeto inicial e, quando chegou o momento de começar a descer, as pilhas estavam já muito queimadas. A preguiça que me fez sair de casa a uma hora já tardia estava agora a pagá-la com língua de palmo, pois o calor estava sufocante e os últimos 3 km custaram um "bocadinho".

Depois de uma semana sem correr, um treino duro, sob um calor intenso, atirou-me ao tapete.

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