Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

Também somos aquilo que retemos...


Depois de uma volta puxadinha pelos caminhos do parque, seguiu-se uma sessão de alongamentos no meio do pinhal. Quando venho aqui, arranjo sempre motivação para fazer estes exercícios estáticos. Noutros locais não tenho paciência para isso, talvez seja pela harmonia deste local. Após repetir um laborioso conjunto de movimentos, sinto as pernas bem recuperadas.
Está na hora de ir embora, o carro está a cerca de um quilómetro no outro lado do parque. Pelo caminho deixo-me envolver pela tranquilidade do momento, como que uma massagem para o espírito, que me deixa num ponto de equilíbrio maravilhoso. O chapinhar súbito de uma ave no lago chama-me a atenção, foi aí que captei esta imagem. Achei-a tão bonita que resolvi trazê-la comigo, malgrado  não se aproximar da sensação da realidade.

Ao longe, o grasnar agudo  das araras nos ramos mais altos dos eucaliptos, marca o fim do dia no parque da cidade. Apressei o passo. Um duche, uma refeição e uma esposa maravilhosa aguardam-me. 

Só com um final assim, tudo o resto faz sentido.

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