A diferença de escalas entre o meio ambiente e o ser humano produzem esta imagem cheia de força. "foto de Vitor Caldeira" |
Bastou-me percorrer alguns quilómetros neste meu regresso à serra para interiorizar essa necessidade de praticar a "atenção plena". Apesar de estar a forçar os meus limites, mantive sempre a capacidade de ouvir o meu corpo e a lucidez para ter consciência da experiência. Para mim, dissociar o prazer de um corpo completamente sincronizado superando as dificuldades do terreno, da capacidade de sentir emoção com o que é esteticamente belo, frágil ou subtil, seria como fazer apenas meia viagem.
Aparentemente, somos o único ser no planeta capaz de distinguir essas nuances. Seria, a todos os títulos extremamente lamentável, menorizar essa extraordinária capacidade.
Numa prova em que metade do percurso foi de sol brilhante a céu encoberto e a outra parte de chuva copiosa, existiram vários momentos marcantes que trouxe na memória mas, a inspiração para extravasar estes pensamentos veio desta foto de um companheiro. A diferença de escala entre nós e o meio que nos rodeia produz uma imagem cheia de força.
De facto, a verdadeira dimensão do ser humano não está no seu tamanho. Está na convicção, força e tenacidade que coloca naquilo com que se compromete.
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