Prestes a cortar a meta... |
Hoje, eu estava a debater-me numa daquelas provas em que parecia que o mundo se tinha unido para me tramar, parafraseando a célebre canção do Rui Veloso. Depois de uma partida animada e muito boa em termos de ritmo, pelos 7 km sobreveio uma indisposição gástrica associada a enjoo e tonturas que me obrigaram a caminhar um pouco. Nunca mais fui capaz de fazer nada de jeito, aceitei água de uns camaradas que passaram mas cada vez que ingeria um gole, parecia piorar tudo. Arrastei-me até aos dez km na esperança que a bebida isotónica me ajudasse, mas, para além de esta apenas ser pouco mais do que água, pareceu agudizar ainda mais a azia que me queimava desde o estômago até à garganta.
Sempre com o Miguel a tomar conta de mim, e a sugerir que invertêssemos a marcha em direcção à desistência, fiz (literalmente) das tripas coração para tentar terminar a prova. Sabia que se parasse ele ficaria comigo, por isso fiz 14 km de sofrimento puro, algumas vezes acossado pelos últimos atletas que traziam a ambulância que fechava o “cortejo”. À custa de muito esforço, consegui distanciar-me um pouco da cauda da prova e terminei com apenas 8 participantes atrás de mim.
Assim que cortei a meta, a paragem deixou que se abatessem sobre mim todos os fantasmas da prova e não fiquei muito longe de precisar de assistência médica mas lentamente lá consegui recuperar posso afirmar que terminar nestas condições foi de longe a maior vitória que já consegui.
Fiquei feliz pelo Miguel, assim ele trouxe a medalha de recordação para mostrar um dia á Mafalda e também porque a par da Gerês Marathon é outra prova em que participamos desde a primeira edição.
Pois é, mas estou certo que nas Terras de Sicó 111 km, vai correr tudo bem. Amarante ficará para trás. Muita força e coragem e desejos de uma boa prova, são os meus votos sinceros.
ResponderEliminarObrigado Ferreira
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