Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

IV Corrida do Porto de Leixões - 10 km

As dificuldades que senti nesta IV edição da corrida do Porto de Leixões não me surpreenderam. Estou mesmo muito fraquinho. 

Com a avaria do sistema de som e da cronometragem de meta, (valeu o carro) não houve animação para o habitual aquecimento. Preparei-me dando umas voltas lentas e fazendo alguns pequenos sprints até cerca de 15 minutos da partida. Integrei o pelotão que aguardava o tiro de início, bem na frente, quase na linha. A paragem súbita, depois do aquecimento, e o calor elevado puseram- me a pingar bem e uma moça toda perfumada que estava ao meu lado olhava para mim com um ar esquisito. -"Está calor..." disse-lhe eu tentando deitar agua na fervura. Ela assentiu que sim com a cabeça e pareceu ficar mais descontraída. Depois foi a partida, tive muitas dificuldades em dosear o ritmo e observava o meu GPS quase minuto a minuto. Aqueles "coelhos" que passavam por mim induziam-me um ritmo que não me era possível manter, sempre abaixo dos 5 minutos por km. Com grandes dificuldades consegui manter-me entre os 5 e os 5.15. Queria ir mais devagar mas não conseguia com tanta gente a passar por mim. Deixei de me preocupar com o ritmo e comecei a tentar perceber como me sentia, esse seria o meu foco a partir de agora. Falhei um abastecimento de líquidos ao km 3 e tive de aguentar até aos sete onde se situava o segundo. Agarrei duas garrafinhas e bebi uma de imediato, levando a outra na mão para ir bebendo e deitar um pouco na cabeça. A temperatura estava elevada e em alguns pontos atingiu os 30ºC. Embora tenha chegado ao km 7 pensando que seria o 5, (há muito tempo que não olhava para o GPS) o que me surpreendeu bastante, este ponto marcou um decréscimo no ritmo. Agora já não era preciso preocupar-me em querer andar mais lento. Agora estava mesmo lento...
Fiz um esforço para subir um pouco o ritmo e sair dos 6 minutos por km que estava a marcar. Estava de volta ás consultas ao GPS. Consegui chegar aos 5.28 e percebi que a minha luta era manter aquilo. Não havia mais nada para dar. Não sei como é que me vou desembaraçar da Meia Maratona do Porto  no próximo fim de semana. Vai ser de "ir ás lágrimas" com certeza absoluta.

Na meta, uma banana, uma barra energética, duas garrafas de água e a respectiva medalha, claro... Nada como aquele pedacinho de ferro para nos compensar do esforço. A banana foi abaixo mas não ingeri mais nada
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O caminho de regresso ao carro foi para ouvir os comentários, ver as expressões, e lembrar-me que o essencial é mesmo celebrar a vida e divertirmo-nos da melhor maneira que saibamos fazer.







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