Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

o Inverno chegou á serra.

 

A água corre abundante, inundando os trilhos, musicando os meus passos com o seu marulhar constante. Adoro encontrar a serra assim. Esta água corrente, transporta nela toda a essência da vida e transmite-me um sentimento de renovação e positividade.

 A prática de exercício físico e a imersão neste ambiente natural resultam sempre numa terapia perfeita para mim. Apesar da repetibilidade, não existe cansaço desta paisagem nem destes trilhos. Talvez porque no fundo, sou eu a ser apenas eu, a existir e a expressar um prazer que me é inerente e que está profundamente enraizado em mim.

O céu, passou de carregado a azul luminoso por momentos, depois, a carregado novamente e a chuva fez a sua aparição. Vesti o impermeável e fui apreciando o contraste da terra vermelha com a folhagem verde. As poucas aves que davam nota da sua presença deixaram de piar e o silêncio tornou-se companheiro do céu cinzento-escuro. Apenas se ouvia o gotejar da chuva nas folhas largas dos eucaliptos jovens junto ao trilho.  

Estava na hora de pensar no regresso ao carro e dar por terminado mais um treino produtivo.






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