Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

MM Manuela Machado 2019


Viana do castelo, 20 de Janeiro de 2019.

Esta, foi desde sempre no nosso historial, uma meia maratona para colocar quilómetros nas pernas, para introduzir hábitos de corrida continua e ritmo após a quase “hibernação” de inverno. Para agravar as coisas, este ano nem sequer participámos na Maratona do Gerês que ocorre nos primeiros dias de Dezembro pelo que as rotinas de corrida estão nos níveis mínimos.

Assim, foi com meia dúzia de treinos mais em estilo de pura fruição do que incisivos, que me apresentei na meia maratona Manuela Machado. Sabia bem que, estar ali na linha de partida, era o equivalente a servir de saco num ringue de boxe.

O aquecimento estava feito. E bem feito. Depois de cerca de quatro quilómetros divididos em três viagens entre o carro e a zona de levantamento do kit, numa manobra de logística muito mal planeada e com muito pouco tempo até ao tiro de partida, não estávamos quentes… estávamos a ferver. Quando finalmente foi dada a partida da prova, a mente já estava a querer “rejeitar” a corrida, pensando provavelmente que para hoje “já estaria feito”.

Tive de sair destes pensamentos de conforto e adoptar a postura de “mente de combate” para vencer o primeiro quilómetro. Num assomo inusitado de pensamento estratégico, tinha assumido que fazer 16 km um pouco abaixo de 6 minutos por km e melhorando um pouco nos últimos 5 seria uma boa forma de cortar a meta sem grandes vergonhas. Mas entre a teoria e a realidade vai um enorme passo. Assim recordo-me de ter passado os 15 Km com 1:26 horas, o que até nem era mau, mas no km 16 bati na parede.

Sem nada a que recorrer para compensar, cada cem metros representavam uma degradação importante e só os incentivos do Miguel me punham a correr em pequenos intervalos.
Cortei a meta num défice físico extraordinário, meio a correr meio aos saltos reagindo aos espasmos dos gémeos que não sei como aguentaram tanto sem colapsar.

Queria fazer uma boa corrida naquela que seria provavelmente a última meia maratona na companhia do meu filho, num prazo consideravelmente alargado de tempo. A condição física não permitiu chegar ao fim conforme comecei, mas também não foi tão mau como temia.

Agora há que implementar um ritmo de treino em crescendo. A próxima corrida será a do Dia do Pai, (vamos fazer um esforço para estar juntos), terá de ser marcante. Tanto eu como ele teremos muito para comemorar.

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