Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

Devagarinho se vai ao longe...

 

... aproveitei para olhar os trilhos na serra em frente, percorridos no passado
fim de semana .

Depois de no fim de semana passado ter treinado essencialmente na serra situada na margem esquerda do vale do rio Ferreira, hoje optei pela situada á direita. Acabei de percorrer os três mil e quatrocentos metros de trilhos que me trouxeram ao pico, junto da casa de vigia e da antena. O dia está bastante nublado e a ameaça de chuva é uma constante. Na mochila trago entre outras coisas, o impermeável para o caso de chover mesmo a sério. Já por diversas vezes fui “abençoado” por chuva e granizo nestas encostas e as diferenças de temperatura são tão súbitas como pronunciadas.

Aproveitei para olhar o trilho que percorri no último treino na serra em frente, houve tempos em que não era possível descortinar os caminhos que percorrem a serra uma vez que, ao contrário de agora, se encontrava totalmente arborizada.

...existem trilhos muito agradáveis e este é, sem sombra de dúvida,
um dos meus preferidos.

Mentalmente tentava imaginar o percurso que faria hoje, enquanto avaliava as minhas possibilidades físicas depois do desgaste de subir até este ponto. Com o conhecimento que tenho de todos os caminhos destas serras foi fácil decidir. Hoje, consegui perceber já algumas melhorias na resistência ao esforço, pois consegui manter-me a correr no constante sobe e desce destes trilhos sem nunca vacilar. Isso dá-me a esperança de, continuando com este tipo de treino, conseguir no futuro aproximar-me da capacidade que me permitia concretizar uma meia-maratona, por exemplo. Sei que ainda falta muito, mas é com um enorme regozijo que vejo a minha performance melhorar. Quando já tiver uma boa base feita nestes trilhos de montanha, darei início a outro tipo de treino para melhorar a velocidade mas, para já, a resistência e a força nas pernas é fulcral e estes trilhos são excelentes para isso.

... a beleza natural do rio Ferreira acrescenta ainda mais
a uma paisagem já de si muito bonita.

Embora conheça quase todas as pedras destas serras, não deixo nunca de me espantar com a beleza da paisagem, dos "single-tracks" que percorro, dos rebanhos de cabras a pastar tranquilamente na paisagem, do cheiro pungente do leite de cabra por causa das crias novas que se encontram em amamentação, da beleza natural do rio Ferreira. É um privilégio enorme poder treinar por aqui e usufruir de um ambiente tão natural e pitoresco relativamente perto da cidade.

Uma breve consulta ao GPS e fico a saber que me encontro agora com cerca de nove quilómetros, o resto de regresso ao carro colocará a fasquia perto dos treze e meio, é suficiente nesta fase. Espero voltar aqui no próximo fim de semana, ligeiramente mais forte e progredir um pouco mais na distância e no ritmo. Recordo-me que antes do COVID19 estava já a fazer por aqui corridas com dezoito quilómetros… preciso de ir com calma… e perseverança.

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