Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

Performance

As fantásticas imagens observadas durante as corridas
deixam também a sua marca...
Nestes últimos meses e após a SMSA, entrei numa espécie de desencanto com o passado recente das corridas. Aparentemente a determinação para encontrar tempo disponível para treinar e a força vital para fazer os treinos abandonaram-me. Entrei numa espécie de negação em que participar nestes desafios, física, psicologicamente duros e desgastantes deixou de fazer sentido ou, pelo menos, passou a ser altamente questionável.

...a observância da história das regiões...
Durante todo este tempo tenho tentado perceber uma certa insatisfação, uma espécie de falta de plenitude na vida e que antes não existia. Hoje, num documentário da NG, uma frase de Alex Honnold foi uma espécie de revelação, uma perspectiva que não me tinha ocorrido, mas em que me revejo e cujo entendimento me proporciona uma razão válida para continuar empenhado nesses desafios como antigamente. De facto, se fizesse uma espécie de inventário emocional, diria que o que vou buscar nessas provas em que participo são, o sentimento de incerteza das minhas capacidades que extrai tudo de mim, a força para prosseguir mesmo quando em dificuldade e a alegria da superação na conclusão do desafio. Segundo Alex Honnold, autor da incrível escalada sem cordas do El Capitain, para ele existem pessoas para quem o conceito de felicidade consiste na família, nos amigos, nos convívios, na participação na comunidade etc., mas para ele, e a par disso, tem de existir também o conceito de performance que representa muito para a sua realização pessoal.

... ou a beleza fugaz do momento...
Bem, acho que esta foi a frase chave. O que me falta em relação ao passado é precisamente esse conceito de performance. É essa complementaridade que me está em falta neste momento, sem com isto querer estabelecer comparações, obviamente.
Esta razão, uma vez compreendida, está nas minhas mãos resolver. Depende apenas de mim… da minha força para encarar as mudanças dos últimos tempos. 

... são parte importante desse equilíbrio entre
vivência e a sobrevivência...

Posso até não conseguir, e aí, ficarei eternamente com esse sentimento de vazio numa parte da minha vida.

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