Porquê?

Corremos porque não temos asas para voar...

A força para continuar...


Um dia com sol, fresco e límpido, proporcionou momentos
agradáveis de contemplação.
À medida que o tempo passa, percebo que as coisas tomam o rumo que cedo previ pudessem tomar. A magia dos treinos e das provas desvaneceu-se quase por completo. Vou insistindo com todas as forças que consigo reunir e os treinos têm decorrido entre o óptimo e o sofrível, muito condicionados pelos afazeres profissionais e familiares, como sempre.



Ontem foi um dia bom. Embora tenha desistido de um projecto de treino por me ter deitado bastante tarde, a alternativa, que passou pelas serras de Valongo, redundou num treino médio mas de elevada intensidade. Daqui a um mês e meio e um pouco depois do meu aniversário, terei uma prova de fogo e um verdadeiro teste ás minhas capacidades físicas e mentais: A Serra Amarela Sky Marathon. Esta é uma prova duríssima de 48 km onde cheguei a pensar que teria companhia (mas não) e na qual vou participar pela primeira vez.

A vista do vale deste ponto resulta numa bonita paisagem...

Tento manter-me entusiasmado com esse projecto mas nem sempre é fácil. Por vezes, o cansaço do quotidiano e o desalento dos treinos a solo minam profundamente o estado anímico e psicológico. A minha luta tem sido não desistir, primeiro porque não quero abandonar um hábito que me distancia do sedentarismo, depois porque julgo existir ainda uma possibilidade de recuperar a magia perdida, ainda que com contornos bastante distintos.

... e as cores da primavera pintam os trilhos deixam um incrível
aroma no ar.
O meu próximo projecto de treino, aquele de que desisti este fim de semana, terá o objectivo de avaliar a minha reacção a um treino longo no isolamento da serra e a criar hábitos e cuidados de quem apenas pode contar consigo próprio. Imagino que me será bastante difícil, mas é crucial perceber se me posso continuar a desafiar a este nível. Essa é a segunda das coisas de que não queria abdicar: - a vontade de criar desafios que me retirem da zona de conforto.

Neste momento, na minha mente habita uma enormíssima incógnita. Acredito que o tempo se encarregará de me elucidar. Tenho a esperança de que seja generoso…



São muitos os pontos de água corrente na serra, mas este no final, proporciona uma refrescadela fantástica e permite que me apresente em condições para tomar um cafézinho daqui a pouco.


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